Dia 17/05, o Bem Paraná publicou uma matéria sobre a ação da polícia na interdição do Beto Batata. As partes mais interessantes da história são o fato de que o proprietário não tem no alvará ou licença ambiental para tocar qualquer espécie de música, mas tocavam de qualquer forma, até mesmo música ao vivo.
O estabelecimento também já foi notificado antes, esta é a reincidência que levou ao fechamento e multa, mas nem com a notificação o dono se preocupou em obter as licenás corretas ou parar com as atividades ilegais. Realmente, tem pessoas para quem a noção de decência e políticas de boa vizinhança passam tão longe que precisariam de luneta para enxergar! Além de incomodar toda a vizinhança, o proprietário ainda achou ruim ser fechado e se disse “aberto a diálogos” com a vizinhança. Ou seja, lei não se aplica a ele. Quer conversar com o povo e fazer o que? Vão falar pra ele parar com o barulho e bagunça e ele vai dizer que não vai, então que diálogo pode haver? Talvez a polícia poderia ter agido de forma mais educada com os clientes, que não tinham culpa, então sou a favor destes clientes reclamarem com a polícia. Mais ainda, eu não voltaria lá, sem clientes, eles fecham as portas.
Leia a matéria completa aqui: Bem Paraná – Proprietário de bar reclama de ação truculenta da Polícia.
O brasileiro tem a idéia que se o espaço é público, pode-se fazer o que quiser. Não entende o que é respeitar o espaço alheio. Aliás, não entende que a música não respeita limites espaciais e vaza para lugares onde ela não é bem-vinda.
A coisa mais difícil para o brasileiro entender é que o direito de alguém querer ouvir música não é maior que o direito de alguém não querer ouví-la.
O pior é que a própria lei muitas vezes está contra. Vide o próprio trânsito, que privilegia muito mais os carros do que os pedestres, ciclistas ou o transporte público. Quantas vezes vejo motoristas reclamarem dos ônibus não cederem espaço ou de andarem muito depressa. Claro que é necessário responsabilidade por parte do motorista de ônibus, mas em termos de importância, o transporte público SEMPRE deveria ter a preferência no trânsito, e são os veículos normais que deveriam ceder espaço para eles, pelo simples motivo que 20 pessoas num ônibus equivale a uns 15 carros a menos na rua.