Hoje me senti no século XXI

Estamos em 2013 e até hoje, não havia me sentido no século 21 que eu imaginava quando eu era garoto. Para muitos da minha geração, o século XXI, depois de 1999, o mundo seria como um desenho dos Jetsons. Morariamos em apartamentos no céu, usariamos carros que voam, e teriamos robôs domésticos para cuidar de nossas casas, cozinhar, limpar e conversar. Desnecessário dizer que a virada do ano 2000 foi uma decepção ainda agravada pelo “bug do milênio”. Com tanta decepção, para mim ao menos, o século XXI ficou só nos livros de ficção.

Contudo, algumas inovações importantes foram feitas desde o final do século passado que mudaram o mundo para sempre. A mais importante, ao meu ver, foi a Internet. Esta rede de comunicação mundial mudou tudo. Cancelou até mesmo a evolução das nossas mãos, onde o dedo mindinho estava na lista de extinção. Hoje temos um repositório de todo o conhecimento humano, podemos conversar instantaneamente com qualquer pessoa e realizar quase tudo que precisavamos sair de casa para fazer à partir do computador, tablet, celular ou até mesmo SmarTV. Outra revolução que só pegou à partir da década de 90 é o telefone celular. Hoje no Brasil temos mais do que um aparelho por habitante! Ou seja, tem mais celulares do que pessoas no país! E com ele, o SMS também revolucionou a comunicação. Há alguns meses ouvi uma adolescente dizer para o pai que era para mandar SMS porque “ninguém fala mais ao telefone”.

Comecei a pensar nos aparelhos “smart” que temos hoje, em como fiz minha reserva de hotel e passagem por internet e paguei com meu cartão de crédito. Pensei nas compras no eBay, onde compro qualquer coisa de qualquer lugar do mundo e recebo em minha casa. Até mesmo restaurante agora têm aplicativos e sites para pedir comida.

Toda esta evolução tecnológica culminou para mim hoje, 8 de agosto de 2013. Estou em Porto Alegre a serviço e há alguns dias, eu instalei o aplicativo Easy Taxi no meu celular Android. Hoje amanheceu chovendo e frio então resolvi usar este aplicativo para tentar conseguir um taxi mais rapidamente do que ligar para a central.

Deixe-me formar uma imagem: eu estava em pé no saguão do hotel, acessando a internet à partir do meu celular, usando a Wifi do hotel. Eu solicitei um taxi pelo aplicativo, que mostra em quanto tempo aproximadamente ele chegará e até onde está o carro em um mapa.

Mas não foi ali que me senti no século XXI. Conversando com o taxista, ele me mostrou como funciona o aplicativo. Fantástico. Muito bem pensado. Comentei com ele que não era comum taxis em Porto Alegre aceitar cartão de crédito ou débito. Ele falou que havia acabado de criar uma conta no PagSeguro e que poderiamos testar pagar via cartão no próprio celular. No celular dele, ele anexou um leitor de cartão e instalou o app da PagSeguro. Passei o cartão, paguei e ainda recebi o comprovante por email!

Saindo do taxi que cheguei à conclusão que agora, sim, eu estava no século XXI. Eu pedi um taxi pelo celular usando a Internet, acompanhei a rota pelo Waze usando conexão 3G e paguei através de app no celular do taxista. Além disso, moro em um apartamento no céu (18 andar e para os padrões de hoje, nem é tanto assim), tenho robôs Roomba em casa para limpar minha casa automaticamente, com pouca intervenção humana e minha casa já tem um certo nível de automação que pretendo aumentar em breve. Só falta o carro voador. Estamos bem próximos ao futuro do desenho Os Jetsons, não concorda?

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